segunda-feira, 20 de abril de 2009

E depois?

Pegar carona? Nao, foi preciso tres boas almas para chegar ate a fazenda. Mundo , mundo, vasto mundo, mais vasto é o meu coraçao. De melao e apertado pela vastidao. Ha tempos que tudo que tenho se resume em duas mochilas. Um dedo na cara. Foi voce quem escolheu. Aceito e sigo.
Voce conhece o Brasil? Natal. Tenho um filho que mora la, casado com uma brasileira. Brasil me manque. Saudade. Em frances?. Nostalgia. Nao é mesma coisa. Tanto faz, saudade é soh da minha terra mesmo. Palmeiras,amigos e familia.
Pequeno, mae perguntava se eu tinha saudade. Saudade? Meu mundo é descoberta. Saudade é medo da morte. Quando se é pequeno, o medo é fantasia ou pesadelo.
Hoje eu tenho saudade de casa, das rugas que me expantam, que nascem é nao me avisam. Hoje os monstros estao em todos os lugares. Eles dormem comigo. E a morte transformou-se em apenas mais um passo da vida. Um dia a gente morre e ponto final. Sem frescura. Comecei e vou fazer uma profissao de fé. Tudo apodrece.... a carne morre. Simples. Nao ha nada depois. O que ha sao fantasias hoje para ilustrar o futuro. Nao ha depois. Ha saudade.

Um comentário:

Raquel P. Simões disse...

Colega. Que texto lindo! Senti um ar de vocacao literária. Saudade é medo de morte. Que texto lindo. `A propósito, também vou para fazendas organicas aqui no UK. Depois devo ir para outro país e depois para o Brasil mesmo. Mas o duro é que lá tem a idéia da Casa Grande e Senzala e eles devem nos colocar na Senzala, né?!